sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Devaneios ordenados

Eu pensei em escrever algo que mostrasse como sinto agora...vieram tantas coisas à mente: o primeiro crush, o dia em que soube que iria para a faculdade, meu primeiro emprego legal...minhas brincadeiras com meu irmão, ou quem sabe minha doce raiva da boneca Barbie. Eu poderia escrever sobre qualquer coisa, no entanto, só consigo ouvir uma música que diz " If I Go"; como as músicas podem ter esse poder? Como elas podem tocar exatamente na hora que você precisa delas? É a letra, é a melodia, é a sua história se encaixando em cada arranjo, é cada nota ditando as gotas de lágrimas que molham seu rosto...

Por que a madrugada tem essa capacidade insondável de fazer -nos mais frágeis e reflexivos que o normal?
Toda madrugada o sono deveria ser fiel aliado. Ele tem certo dever de cumprir seu papel primordial. Entretanto, olhe para ele, sai vagando na primeira oportunidade, deixando um rastro de lembranças que podem ser ainda piores que uma insônia.

Você nem deve me conhecer e eu estou abrindo minha caixa de pensamentos, talvez eu não devesse lhe dizer nada; afinal,  há uma linha que nos separa. Ela nem é tênue, é forte. O relógio mostra que eu terei que levantar em poucas horas, mas sequer cheguei a passear pelo país dos sonhos. Mais uma vez,  uso o termo talvez e me digo: talvez você queira parar essa leitura por aqui, afinal a garota que escreve está falando sobre "país  dos sonhos". Será que ela pensa que estamos no século XVIII?

Porém, caro leitor, não pare agora. Seja meu companheiro ao menos neste momento.
A história que vou contar é sobre verdades não ditas, sobre amores não vividos, sobre dores que marcam e que são capazes de deixar um caminho não de pães na estrada, mas de gotas de sal que sinalizam que alguém rendeu-se à possibilidade de amar uma vez, no entanto, foi traída pela própria arte da tentativa.

Eu vou falar sobre ela, que nunca deu certo, que pensava, falava, agia e  falhava. Ela que uma vez amou com tanta intensidade, mas que não pôde viver o que sonhou...Ela que certa vez fugiu do amor que não amava, mas que o amou com toda a intensidade depois que o perdeu e nunca mais foi dele ou ele seu. Essa história é sobre pessoas rasas.
É sobre amores profundos...
É sobre querer e não poder...
É sobre ser e não ter...

É sobre amor...

E desse amor se morre...

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